terça-feira, 1 de maio de 2012

O Que Um Blecaute Pode Fazer?



O DIA 13 de julho de 1977 foi um dia quentíssimo e muito úmido em Nova Iorque. Por volta das 21.30pm no sudeste do distrito do Brooklyn. Subitamente, as luzes se apagaram, os quarteirões vizinhos também tinham ficado mergulhados nas trevas. Só que a falta de energia traz muitos problemas, como por exemplo os saques.

Um policial seguia sua ronda regular na parte sudeste de Brooklyn quando o rádio da polícia soou o aviso de que se esperava a falta de energia. Daí, veio o blecaute. Em menos de um minuto, pelo rádio da polícia, ouviu dizer que o saque já começara. Nessa noite, os policiais ficaram quase que sobrepujados pelos simples números e quase nada podiam fazer além de dispersar as multidões e recuperar parte do saque. Corriam também perigo de receber garrafadas, pedradas, tijoladas etc..  Felizmente, nenhum policial foi morto, embora centenas de policiais ficassem feridos.

O saque não cessou com a aproximação do dia. E, enquanto os policiais guardavam lojas que haviam sido arrombadas, os saqueadores vendiam itens que tinham roubado durante a noite. Calculadamente 2.000 lojas foram saqueadas. As perdas totais, segundo inicialmente se imaginava, ultrapassavam um bilhão de dólares. De uma concessionária de automóveis, no Bronx, foram roubados cinquenta carros, no valor de cerca de US$250.000.

Menos de um dia depois do fim do blecaute, acharam-se trinta desses carros. Todos estavam danificados a ponto de não haver mais conserto. Nesse dia os bombeiros tiveram muito problema, porque Incêndios premeditados, junto com as emergências causadas pelo blecaute, resultaram numa exaustiva carga de trabalho para os bombeiros.


Os hospitais próximos às áreas de extensivas pilhagens ficaram ocupadíssimos em cuidar das pessoas feridas a faca e a bala, bem como ferimentos com vidros quebrados. Certo hospital, no Brooklyn, onde pifou o gerador de emergência, estabeleceu serviços de emergência e cirúrgicos do lado de fora. Dois geradores do Corpo de Bombeiros forneceram a energia para os refletores de alta intensidade, que forneceram iluminação para o tratamento de ferimentos do que parecia ser infindável fila de pessoas, mormente adolescentes e dos seus vinte e poucos anos.  Os metros também pararam , Embora de 175 a 200 trens estivessem em operação na hora do blecaute, apenas sete ficaram detidos durante horas entre as estações. O crédito na redução do problema de trens detidos se deve a um senhor experiente no centro de controle. Ele observou problemas elétricos antes do blecaute e ordenou que todos os trens se dirigissem à estação mais próxima.

Os elevadores também pararam, número de pessoas que ficaram presas em elevadores foi surpreendentemente pequeno. Não raro, foram resgatados em muito menos de uma hora. Naturalmente, alguns ficaram presos em andares bem superiores.

Por volta de 500 pessoas comiam no restaurante do 107.° andar do Centro Mundial de Comércio quando ocorreu o blecaute. Terminaram de comer à luz de velas, e conseguiram chegar ao térreo por meio dum elevador movido por gerador próprio, os restaurantes ficaram mergulhados na escuridão, numerosos fregueses que jantavam correram para fora, sem pagar suas contas. Muitas pessoas detidas nas lojas durante o blecaute tornaram-se ladrões de loja, apoderando-se do que estivesse ao seu alcance. Houve também gente que pediu preços exorbitantes para itens comuns. Em uma parte do distrito de Queens, pedia-se o preço fabuloso de US$ 3 (uns Cr$ 50,00) por latas geladas de cerveja e soda limonada.

No entanto, nem todos, de forma alguma, cederam à pressão de beneficiar-se egoistamente dessa emergência. Quando lhe disseram que podia ganhar muito por vender velas a um preço mais alto, uma dona de loja da zona de Brooklyn Heights recusou-se a ouvir isso. Custavam cinquenta centavos de dólar antes da falta de energia, e ela continuou a vendê-las por esse preço. Com todos esses acontecimentos relatados  acima vimos que não vivemos sem energia, e mostra que infelizmente o ser humano e egoísta só pensa em si próprio e em seu próprio beneficio, mas “Pelo bem geral da nação”, existe alguns que se salva, que são honestos.

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